[.......] Perpétuo reformador de homens, Ghandi aceitava-os, não obstante, como eles eram. O amor tornava-o indulgente. Possuía um código extremamente rigoroso de conduta para seu próprio uso, e outro código, indulgente, para aplicar aos outros. Vivia em feliz harmonia com os homens e as mulheres por ele convidados a fazer parte do ashram, mas que não acreditavam em Deus, nem na não violência, nem na castidade, nem nele mesmo. Na verdade, encorajava a rebelião e o não conformismo, considerando-os como sendo recursos auxiliares no desenvolvimento do indivíduo. A deslealdade para com ele nunca o perturbava; perturbava-o porém, a deslealdade para com princípios.
A universal deslealdade para com os princípios, sob todos os sistemas sociais, se deve ao custo deles. Sob a ditadura o custo pode ser a morte; numa democracia, o desconforto e o embaraço. Ghandi estava pronto a pagar, fosse qual fosse o preço dos princípios pelos quais se batia. Quanto mais pobre ele fosse, de bens materiais, tanto mais ele poderia pagar. E tanto mais rico o pagamento o deixaria em moeda do espírito, que era a única moeda a que ele atribuía valor.
Ghandi alimentava a mesma atitude nos outros. Dizia aos seus associados, que sacrificassem suas relações e seus contatos com ele, em nome e em benefício de suas próprias crenças. Ele não chefiava apenas um movimento, fazendo esforços para o seu bom exito; estava forjando uma nação, pela moldagem de homens. Se estava para ser pai de uma nação, então queria ter filhos gigantes.Quando defrontado pela oposição, no partido do Congresso, ou no círculo das pessoas mais chegadas, no ashram, Ghandi, por vezes, cedia a ela,muito embora pudesse facilmente superá-la; respeitava a divergencia. Esse respeito é o maior signo de masculinidade. De uma feita, numa conferencia sobre educação básica, todos os participantes concordaram com Ghandi, exceto Zakir Hussain, mestre-escola muçulmano. Ghandi nomeou-o presidente da sociedade em prol da educação básica. A força de vontade do Mahatma , juntamente com sua fé fanática nos princípios, poderia te-lo transformado em ditador; ele tinha um vínculo de ditador dentro de si, mas o seu interesse na formação de indivíduos o tornava democrata.
Consequentemente, o séquito de Ghandi se fez grande , diverso e difuso, Sua personalidade atraía também uma ampla série de líderes. [......]
Ghandi com Chaplin em Londres 1931
[....] O Mahatma Ghandi não amava a humanidade em sentido abstrato; amava os homens, as mulheres, as crianças; e esperava auxiliar a todos, como indivíduos específicos, e como grupos de indivíduos. Ele pertencia lhes; eles sabiam disto; e, por isto, pertenciam a ele. Por dar guarida ao desleal, ele desfazia a deslealdade. A sua lealdade provocava a deles. Desta maneira, durante os piores anos de derrota e de depressão, de 1924 a 1929, ele se preparou para os triunfos ulteriores. A Índia, agora, o chamava "Bapu" - Pai.
Punhados da Biografia de Ghandi, "Eis aqui a vida e a mensagem do líder hindu que com a força da não violência, libertou politicamente sua nação do jugo britânico." Livro GHANDI- Sua Vida e Mensagem para o Mundo - Louis Fischer - Título do original norte americano GHANDI - His Life and Message for the World by Louis Fischer.
A universal deslealdade para com os princípios, sob todos os sistemas sociais, se deve ao custo deles. Sob a ditadura o custo pode ser a morte; numa democracia, o desconforto e o embaraço. Ghandi estava pronto a pagar, fosse qual fosse o preço dos princípios pelos quais se batia. Quanto mais pobre ele fosse, de bens materiais, tanto mais ele poderia pagar. E tanto mais rico o pagamento o deixaria em moeda do espírito, que era a única moeda a que ele atribuía valor.
Ghandi alimentava a mesma atitude nos outros. Dizia aos seus associados, que sacrificassem suas relações e seus contatos com ele, em nome e em benefício de suas próprias crenças. Ele não chefiava apenas um movimento, fazendo esforços para o seu bom exito; estava forjando uma nação, pela moldagem de homens. Se estava para ser pai de uma nação, então queria ter filhos gigantes.Quando defrontado pela oposição, no partido do Congresso, ou no círculo das pessoas mais chegadas, no ashram, Ghandi, por vezes, cedia a ela,muito embora pudesse facilmente superá-la; respeitava a divergencia. Esse respeito é o maior signo de masculinidade. De uma feita, numa conferencia sobre educação básica, todos os participantes concordaram com Ghandi, exceto Zakir Hussain, mestre-escola muçulmano. Ghandi nomeou-o presidente da sociedade em prol da educação básica. A força de vontade do Mahatma , juntamente com sua fé fanática nos princípios, poderia te-lo transformado em ditador; ele tinha um vínculo de ditador dentro de si, mas o seu interesse na formação de indivíduos o tornava democrata.
Consequentemente, o séquito de Ghandi se fez grande , diverso e difuso, Sua personalidade atraía também uma ampla série de líderes. [......]
Ghandi com Chaplin em Londres 1931
[....] O Mahatma Ghandi não amava a humanidade em sentido abstrato; amava os homens, as mulheres, as crianças; e esperava auxiliar a todos, como indivíduos específicos, e como grupos de indivíduos. Ele pertencia lhes; eles sabiam disto; e, por isto, pertenciam a ele. Por dar guarida ao desleal, ele desfazia a deslealdade. A sua lealdade provocava a deles. Desta maneira, durante os piores anos de derrota e de depressão, de 1924 a 1929, ele se preparou para os triunfos ulteriores. A Índia, agora, o chamava "Bapu" - Pai.
Punhados da Biografia de Ghandi, "Eis aqui a vida e a mensagem do líder hindu que com a força da não violência, libertou politicamente sua nação do jugo britânico." Livro GHANDI- Sua Vida e Mensagem para o Mundo - Louis Fischer - Título do original norte americano GHANDI - His Life and Message for the World by Louis Fischer.