Quando o outono chega, ela fica feliz, porque os livros de Dostoiéwski são para serem relidos em uma temperatura por volta de vinte graus, isto é, com muito conforto e de leve bebericando um capuccino.
A Clarice Linspector fica sempre para a hora de ir dormir, requer extrema atenção e nos leva a caminhar nas agruras incongruentes do real e do irreal. Será que minha personagem Carmem terá sua hora da estrela?
Nasceu quando sua mãe fazia Filosofia, cresceu vendo pilhas e pilhas de livros, quando havia uma enchente sua mãe salvava, primeiro os livros depois as crianças e a casa. Quando adolescente já tinha contato com Edgard Alan Poe, Sartre, Clarice Linspector, Jorge Amado, Eça de Queiroz, Gabriel Garcia Marquez, Ernest Hemingway e o amado TchéKhov : “— A humanidade progride, luta pela perfeição. Tudo que agora está fora do nosso alcance um dia será compreensível e trivial; só que é preciso trabalhar, ajudar com todas as nossas forças, os que procuram soluções. Aqui na Rússia, por enquanto são muitos os que falam, poucos os que trabalham. Os intelectuais que conheço, não procuram nada, não fazem nada; ficam doentes só com a idéia de qualquer esforço. Intitulam-se humanistas, mas tratam os criados como inferiores e os camponeses como animais”. — fala do personagem Trofímov- O Jardim das Cerejeiras – 1904.
De manhã bem cedo se põe a escrever poemas, e às vezes após uma longa viagem, é o diário que preenche o tempo.
Sempre tem algumas horinhas para digitar e reler os contos que não foram concluídos ou mesmo iniciar novas leituras.Cada dia novo é como caminhar na neblina, em breves espaços, desvendando outros personagens, perambulando pelo tilintar das folhas secas.
artista plástica: Gabriela de Borja Araújo
Esta é uma homenagem a minha amada MÃE, com ela aprendi a velejar na leitura.
artista plástica: Gabriela de Borja Araújo
Esta é uma homenagem a minha amada MÃE, com ela aprendi a velejar na leitura.
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